sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CONSCIÊNCIA NEGRA: EDUCAÇÃO NÃO TEM COR

Escola Professora Luiza Bastos Farias trabalha valores culturais com alunos. A importância da valorização da cultura negra faz parte do projeto “Consciência Negra: A Educação não tem cor”, desenvolvido pela Escola Estadual Profª Luiza Bastos Farias, em Pedro Canário. Nesta segunda-feira (19), foi realizada a primeira etapa do projeto em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. No próximo dia 28, os estudantes visitarão a Comunidade Quilombola, em Conceição da Barra, e o Sítio Histórico, em São Mateus. O objetivo do projeto é criar um espaço, dentro da unidade de ensino, para manifestações artísticas que proporcionem reflexão crítica da realidade e afirmação positiva dos valores culturais negros pertencentes na sociedade. Ele será desenvolvido em três etapas com a participação de aproximadamente 600 alunos. “Estamos há mais de um mês trabalhando para a realização deste evento. Hoje nós iniciamos as atividades com a primeira eliminatória dos concursos de paródia e beleza negra, e ainda fizemos dramatizações”, explica a professora de Geografia, Sônia Maria Negrelli Silva. Cada etapa do projeto tem um tema: ‘Valorização da Raça Negra’, ‘Quilombo’ e ‘Racismo x Preconceito Racial’. “É importante que os alunos conheçam de perto o que estamos estudando em sala de aula. Observar o desenvolvimento dos negros na nossa região faz com que adquiram experiências próprias e valores sociais e morais. Já observamos mudanças de atitudes como, por exemplo, alunos a procura de suas descendências para conhecer um pouco mais da história e reforçar sua etnia”, conta a professora. A terceira etapa do projeto acontecerá no dia 20 de novembro com o resultado final dos concursos e exposições de todos os registros que os alunos fizerem no período do projeto. Em 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta pela liberdade. O Quilombo dos Palmares ficava na Serra da Barriga, atualmente uma região do Estado de Alagoas, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, devido ao aumento das fugas dos escravos. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana no Brasil.